Todo mundo provavelmente já passou por momentos de afastamentos , de perder alguém querido (não estou falando de morte!) ou do final de uma relação, um rompimento ... seja ele amoroso, de amizade, de trabalho ou até com um familiar. E não é nada fácil!
O ser humano, num geral, não está muito acostumado a lidar com perdas e rejeições... muito menos quando se trata de pessoas queridas. Lidar com mudanças na rotina nem sempre é uma tarefa simples de se lidar.
Sou aquele tipo de pessoa que quando sabe do fim de um casamento, lamenta muito...que quando vejo dois amigos brigando, sempre tento ajudar os dois a se acertarem, se entenderem. Até um comércio que vejo fechado me dói no coração, pois fico pensando que foi um sonho interrompido, um derrota...e derrotas machucam. Ok...sou uma manteiga derretida.ponto!
Como o blog é pra falar sobre mim, vamos a uma narrativa de um acontecimento pessoal...sem citar nomes obviamente! 😏
Cerca de 8 meses atrás "perdi" uma pessoa que eu considerava muito. Uma amiga. E, o pior de tudo, é que o motivo foi extremamente pequeno. Claro, entendo que cada um sente as coisas de maneiras e proporções diferentes, mas acredito eu que ao pesar nossa relação numa balança, os bons motivos, momentos, cumplicidade e carinho pesariam muito mais que o motivo para "terminar".
Independente de quem estava certo ou quem estava errado, confesso sem arrependimento que corri atrás (e muito!) sempre acho que vale a pena tentar, que vale a pena manter coisas que nos são importantes. Sou mole, sou carente em muitos momentos, sou aquela que dá a outra face...não sou perfeita (tô longe de ser), tenho milhares de defeitos, mas rancor não está na minha lista! Então, mesmo com conselhos de 'deixar pra lá', corri sim atrás...tentei conversar, me explicar, marcar encontros, escrevi textos enormes, mensagens de todo tipo e até desabafo por áudio! Ok...posso ter sido chata e insistente...mea culpa! Mas, acho que se só sentasse e esperasse o tempo passar sem nada fazer, me arrependeria ...e prefiro me arrepender de ter tentado e fracassado...do que ter cruzado os braços!
Como já imaginam, não deu certo! Infelizmente! Acho que meus motivos para retomar foram menores que os da desavença... acho que pequei por ter sido sincera. Acontece!
Ainda não consigo avaliar com firmeza se me arrependo de ter sido sincera e ter dado início nessa confusão, isso porque sempre dei liberdade aos meus amigos para me dizerem o que quiserem...para serem honestos comigo, puxarem minha orelha, me apontarem onde errei. Acho que é assim que crescemos e aprimoramos nosso ser. Também sei que as pessoas não pensam iguais e talvez devesse ter guardado minha impressões só pra mim. Mas que amiga eu seria se engolisse tudo sempre...que amigos eu espero se pedir para que eles engulam tudo? Enfim...não sei ao certo como avaliar essas questões.
O fato é que, embora seja mantida a política da cordialidade, da boa vizinhança, não falamos mais! O barulho de risadas acabou, as bobagens, as coisas de momento, os compartilhamentos e aqueles detalhes que cada amizade possui, acabou. Virou silêncio. Se me dói? P****! Sinto falta sim... Cada pessoa que passa por nossa vida deixa um bocadinho dela conosco e leva um pouquinho de nós. Por essas e outras seria de muita frieza deletar e ligar o dane-se! Não sou e jamais serei assim.
Cada amigo da gente tem características que são só dele...particularidades íntimas daquela amizade: amigos que compartilham seus gostos por comida, amigos que adoram um babado, amigos pra chorar no ombro, amigos pra passear no shopping, amigo-irmão... e cada um é querido e especial por ser como é, e deixar de ter aquela conexão, aquela coisinha especial claro que faz falta, que dói mesmo. Fazer o que, minha gente?! Somos humanos e sentimos mesmo.
Podem achar bobagem, coisa pequena... podem achar que representa muito pouco, mas comigo não foi assim. Foi um período de grande reflexão, lágrimas, tentativa-fracasso, conversas em outros ombros e até raiva ( confesso!).
A vida não ficou esperando...o tempo passou, a ferida sangrou litros, as vezes fechava, depois abria e sangrava de novo. Criou casquinha, mas continua aqui pra eu me lembrar dela de vez em quando. Daquelas marquinhas que doem quando esfria ou quando você se coça...melhor dizendo...doem quando você vê posts nas redes sociais que antes fazia parte, quando não pode mais levar um pedaço do doce preferido da pessoa ou fofocar sobre algo da TV...dói quando você vê que a vida seguiu muito bem sem você, que você precisou tanto e ficou sozinho, que você pediu, mas a porta se manteve fechada!
Com tantas idas e vindas, com a certeza que tudo se perdeu, ainda sou do tipo que tem fé e esperança em dias melhores. Aquela máxima do "nunca é tarde" e quem sabe algo de bom ainda esteja vivo (como aquela pequena plantinha do filme Wall-e..rs). O que posso perder acreditando em dias melhores?
Sei que muita gente vai se identificar com essa história, sei que muita gente vai achar babaca, sei que vão achar exagero e até infantil...não me importo. Sabe por quê? Porque meu coração fez e faz as coisas com verdade, com o melhor que consigo carregar e transmitir. Prefiro pecar por amor do que por desprezo.
Dizem que o tempo cura tudo, mas acho que o amor e o afeto fazem um papel muito melhor!
O que jamais poderão me acusar foi de ter jogado a toalha de primeira, foi de ter desistido....jamais poderão me acusar de não tentar. Fiz e faria novamente...porque amigos são presentes de Deus na nossa vida, sempre!
Dei bons motivos para ficar, mas não deu certo! Mas, com você ai que leu até o fim, pode ser diferente! Não tenha medo de tentar, dê e faça o seu melhor, não há mal nem vergonha nenhuma em abrir o coração.
O não, você já tem...quem sabe ganhe um Sim.
Tente!!! Se arrisque
Tenha mais sorte do que eu!
Obrigada por ler
Lu 😘
O culpad9 foi eu mulher não podia deixar você só com a serpente
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